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Iara

Sou brasileira e gaúcha, minha mãe me deu a luz em Ijuí, interior do Rio Grande do Sul, em 12 de dezembro de 1975. Á frente do seu tempo, mulher forte, empoderada, professora de História com olhar muito crítico para o que vinha escrito nos livros, procurava dar uma visão bem mais realista aos seus alunos. Espero um dia ser metade da mulher que ela é.

Meu pai, por muitos anos foi padre na Igreja Católica e largou a batina para constituir uma família, e só por esse motivo eu e meu irmão estamos neste pano terreno.

Pelotas foi a cidade que passei grande parte da minha infância e adolescência, onde aos 15 anos encontrei a outra metade de mim, que nessa encarnação se chama Marcelito.

Por ironia do destino Octávio Steffens (meu pai) tornou-se meditador e em 1998 foi morar em uma área naturista e levou toda a família.

Três anos depois nasce nosso primeiro e único filho,  pude ver toda verdade do universo em seus olhos castanhos escuros. Aí está completa nossa família de três.

 

Desde então nossa família vive nesse lugar, que segue a filosofia naturista. Onde podemos andar nus sentindo toda vibração que faz esse lugar pulsar. Nos olhamos nos olhos e todo sentimento vem dos nossos corações, sem rótulos, apenas impressões.

Meu irmão comprou uma fatia de terra no coração desta comunidade, com hotel, restaurante e um condomínio de casas em construção onde sou a projetista e design de interiores por profissão com alegria! E esse complexo se chama Ubuntu. Dito a própria filosofia que seguimos aqui.

Nesses últimos anos com uma conexão tão linda com a mãe terra, uma observadora de seus ciclos, acabei com uma conexão muito maior com o nosso universo.

 

Posso contar nos meus dedos o número de pessoas que realmente me conhecem por dentro e por fora. Se você é um amigo, você é da família. Quando eu amo, eu amo implacavelmente. ferozmente. sem pedir desculpas. Eu sou sobrevivente da depressão.  

 

Por muitos anos achei que não existia lugar neste mundo para mim. Hoje eu acordo todas as manhãs e agradeço por ter achado esse lugar. As feridas se transformam em flores silvestres a tempo. Quando eu era uma garotinha, tudo que eu queria era ser bonita quando crescesse.

Não me via como realmente era, sempre me achava inferior às outra meninas, a quinta série foi o ano mais solitário da minha vida. Fazia dos banheiros meu santuário seguro durante o dia, o meu diário era refúgio à noite.

 Aprendi a pertencer a mim mesma. A ver cada centímetro do meu ser através dos olhos da compaixão incondicional, e essa iluminação gradualmente cresceu até se tornar o meu reflexo vivo em tudo o que me rodeava. 

Cada um de nós está em uma jornada de se tornar aquilo que já somos.

Então eu me tornei meu próprio refúgio. Eu me tornei minha própria casa. 

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